Agora percebo porque motivo o Millennium BCP não quis rever o meu spread de 1.6 no meu empréstimo habitação, em Janeiro de 2006, obrigando-me a transferir o crédito para outra instituição bancária.
Não percebia, porque pensava que os bancos tentavam tudo para manter os clientes, mas o BCP nem quis negociar. Numa altura em que a concorrência promovia o spread de 0.2, o BCP argumentava que era impossível reduzir a sua margem e pronto.
Quando li a notícia do perdão de 15 milhões ao filho do presidente executivo do banco e de outro perdão de 12,5 milhões a um empresário accionista, percebi finalmente: o dinheiro não chega para tudo.
Confesso que tenho algumas curiosidade em saber quantos empréstimos o BCP, o maior banco privado português, perdeu nos últimos três anos, por se recusar a renegociar com os seus clientes a sua margem de lucro (spread).