sexta-feira, outubro 12, 2007

Um erro (britânico) de casting





Al Gore e o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU acabaram de ser distinguidos com o prémio Nobel da Paz 2007. Não podia estar mais de acordo, por tudo o que já escrevi sobre este assunto. Associar a nossa consciência colectiva de preservação do Planeta à Paz parece-me, por outro lado, extremamente feliz, porque uma e outra coisa fazem parte do mesmo Todo universal: o nosso mundo, o nosso bem estar social e o nosso futuro.

Nestes, como em outros assuntos, há sempre uma pedra na engrenagem. Ontem, protagonizada e divulgada à escala mundial por um zeloso juiz britânico, que decidiu dar provimento a outro zeloso pai que apresentou uma queixa contra o documentário "Uma verdade inconveniente". Alegando estar preocupado com a educação dos filhos (!) , o cidadão britânico argumentou que o filme apresentava factos que não estavam cientificamente provados. E o ainda mais zeloso juiz britânico disse-lhe que sim, ordenando na sua sentença que o documentário seja exibido com uma nota explicativa dos nove erros científicos que o político norte-americano teria cometido.

O zeloso magistrado britânico nada disse sobre uma coincidência de opiniões entre a comunidade científica e o político norte-americano: as opiniões são muitas e podem variar, mas todos concordam que o aquecimento global existe e é provocado pelo Homem.
(Desconheço a autoria da foto e da simulação infográfica, portanto não as posso citar, mas agradeço o seu contributo)

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