sexta-feira, março 30, 2007

A minha Lua e o meu Gaspar



Oito meses depois de a termos arrancado à morte, debaixo de uns tórridos 40º à sombra, a Lua é hoje uma cadela linda. No âmbito da guarda conjunta, a Lua veio passar o meu precioso dia de folga cá a casa. É assim quando amamos os bichos e as pessoas que aceitaram dar-lhe um lar. É a única que a correr consegue levar o meu Tejo ao tapete.
Enquanto o meu aristocrático Gaspar dorme despercebidamente no sofá, fazendo de conta que tem autorização para ali estar.

2 comentários:

Júlio Pêgo disse...

A relação homem/animal tem aspectos interessantes na descoberta dos afectos puros, do dar incondicional sem moeda de troca material. Com eles viajamos à pureza, à territorialidade, na procura dos limites, respeito e aceitação do outro, no prazer do espaço lúdico relacional. Se na Lua temos a entrega fácil e dependência à dona, no Gaspar temos o ronronar autónomo acantonado no sofá ( esperando que o dono não o utilize...), simbólicamente, o anfitrião da casa.
Júlio Pêgo

Coca disse...

Parece um lugar comum dizê-lo, mas o amor dos animais é incondicional. Nós (com honrosas excepções) é que somos as bestas. A Lua estava a morrer na rua, depois de ser abandonada no Verão passado. Felizmente conseguimos arranjar amigos para a receber. Um abraço Júlio. Volte sempre.