Gosto de escrever. A palavra escrita é mais ponderada e reflectida do que a palavra dita. E permanece, por muito que o tempo passe. Como a História e os acontecimentos. Nem todos perduram. No entanto a História constrói-se com os acontecimentos que realmente importam. É também uma boa terapia, naqueles momentos em que a lucidez nos tolhe a esperança, porque nos ajuda a refletir de forma objectiva e sistematizada, obrigando-nos a organizar um turbilhão de pensamentos que se atropelam e, tantas vezes, não nos deixam espaço para ver o caminho.
As palavras podem dar conforto, podem gerar insatisfação, mas transmitem sempre emoções. Só que às vezes sentimo-nos tão perdidos, com as nossas escolhas e tão presos às nossas ligações, que até as pelavras nos assustam.
Ontem, enquanto lia o "Predador", da Patricia Cornwell, uma frase saltou-me à vista: há pessoas que são mestres da arte da fuga, no que concerne ao escrutínio pessoal. É verdade e de certa forma tranquilizou-me essa constatação. Nada acontece por acaso, simplesmente nem sempre - diria quase nunca - conseguimos compreender em cima dos acontecimentos.
quinta-feira, março 29, 2007
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