terça-feira, agosto 07, 2007

Nostalgias de Verão

Enquanto foi só um bom momento deu
Enquanto foi só um pensamento meu
Deus, deu só num caso forte a mais.
Enquanto se achava graça ao que se escondeu
E a horas eram mais longas do que a verdade
Fez p'ra ser só outro caso mais.
Enquanto for só ter nura de Verão
Eu vou,
Enquanto a excitação der para um carinho
Eu dou.
Traz uma leveza
Ah, mas concerteza
Eu dou
Um outro melhor bom dia.
Já trocámos nortadas por vento sul
Enquanto demos risadas foi-se o azul
Nem sei qual deles foi azul demais.
Mas não ficará só a sensação de cor
Nem sei o que o coração irá dizer de cor
Se o Inverno for, depois, duro demais.

Trovante, Um caso mais

Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça, nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura, que a vida já me foi dura
P´ra insistir na companhia

O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

Trovante, 125 Azul

Lembras-me uma marcha de lisboa
Num desfile singular,
Quem disse, que há horas e momentos p´ra se amar
Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi, quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal
As memórias são como livros escondidos, no pó
As lembranças são os sorrisos que queremos rever, devagar
Queria viver tudo numa noite, sem perder a procurar
O tempo, ou o espaço
Que é indiferente p´ra poder sonhar
Quem foi que provocou vontades
E atiçou as tempestades
E amarrou o barco ao cais
Quem foi, que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais

Trovante, Memórias de um beijo

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