Durante a década de 90, não havia organização que, face aos novos desafios dos mercados e à pressão da concorrência, não pedisse aos seus funcionários para vestirem a camisola da empresa. Fazia-se da união da energia positiva, forças para encarar todos os embates.
As dificuldades económicas sempre presente, visíveis ou invisíveis, e a necessidade de manutenção dos postos de trabalho eram os argumentos justificativos. E os melhores tempos que haviam de vir eram a cenoura à frente do nariz.
Nesse tempo e por muito tempo - tempo demais que levou muitos a deixarem de acreditar - o suor da camisola era o único consolo da esperança, ajudando a organização e mantendo o posto de trabalho, abdicando lentamente de direitos laborais e até sociais.
Acreditava-se que tínhamos a camisola vestida e um dia percebemos que a camisola perdera a cor.
terça-feira, agosto 14, 2007
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