No final do primeiro mês de actividade os radares instalados em algumas artérias de Lisboa «renderam» 3,8 milhões de euros, correspondentes ao valor das 64 mil infracções registadas - a uma média de duas mil por dia.
Mas nesta história dos radares (cuja opção foi tomada pelo anterior executivo camarário), sinceramente, não deixo de pensar que por muito nobres que fossem os interesses da cidade - e a prevenção rodoviária deve ser, sem dúvida, motivo de cuidada preocupação municipal - a CML fez um favor ao governo, a quem estão acometidas as responsabilidades de fiscalização rodoviária.
A câmara poupou à administração central o avultado investimento na aquisição dos radares, envolveu-se numa demorada complicação burocrátcia que rodeou a entrada em funcionamento dos mesmos e ainda ficou com o ónus de ver os seus prestimosos cidadãos enfurecidos com a ideia - nalguns casos justa - de que enveredou pela caça à multa.
A troco de quê, já que 60% da receita da infracção vai para o Estado e apenas o restante para a autarquia que fez o investimento.
As opções políticas são sempre questionáveis, mas sinceramente com o dinheiro que foi gasto creio que a autarquia poderia e deveria ter feito muito mais pela mobilidade em Lisboa. Bem mais nos limites das suas competências próprias.
E contínuo a achar que é de bradar aos céus a existência de um limite de velocidade de 50 Km/h no viaduto do prolongamento da Avenida dos Estados Unidos da América. Nesse caso em concreto, que conheço bem, esse limite só serve mesmo como instigador do acidente.
sexta-feira, agosto 17, 2007
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