segunda-feira, abril 23, 2007

Da Estrela, sem neve, mas vestida de branco

Fontes de informação privilegiadas lamentaram-me o pior Inverno dos últimos anos na Serra da Estrela. Sem neve, a serra fica nua e parece vazia. Apesar de a região oferecer (cada vez mais) equipamentos alternativos à neve e, do meu ponto de vista, a Estrela ser um dos cenários naturais mais extraordinários para o usufruto da Natureza, o espectáculo do branco não se perdeu. Na Cova da Beira, dizem-me e apertam-me o coração de saudades, estão lindos os campos de cerejeiras.
E eu lembro-me da história da princesa nórdica que, tendo casado com o Rei mouro, tinha saudades do branco dos campos da sua terra. Impotente para mandar na Mãe Natureza, mas com todo o amor do mundo no coração, mandou o rei mouro plantar amendoeiras e cerejeiras pelos campos para que, no dealbar das épocas da neve, ficassem os campos pintalgados de uma plenitude alvar. E assim a sua princesa não morreria de saudades. Haverá amor maior?

1 comentário:

Coca disse...

Olá Confúcio, é um prazer vê-lo por cá. Gostei da sua corte, mas, como foi parco de palavras, confesso que me assaltou uma dúvida: Esse sorriso lindo que me deixou deve-se à plenitude alvar da Cova da Beira ou ao imenso amor do Rei mouro? Poderá esclarecer-me, só por mera curiosidade. Volte sempre.