sexta-feira, abril 27, 2007

A luz branca de Lisboa


A câmara de Lisboa definha lentamente. E a cidade agonia com a gestão. É insustentável o peso sobre os seus cidadãos. Acossada de vários lados, Lisboa está parada. Tornou-se uma cidade indiferente às suas pessoas. A estratégia, a ter existido, morreu sufocada por uma divida financeira incapacitante.

Tudo parece dar errado na cidade.

O fiasco do Parque Mayer, e o dinheiro que se gastou, o Túnel do Marquês, cuja utilidade ainda está por provar e que abriu à circulação c0m dois anos de atraso e ainda por cima cheio de gaffes, a assunção dos terrenos sul do Parque das Nações que nunca foi feita, as 53 piscinas - uma por freguesia - prometidas em campanha eleitoral, a degradação das vias de circulação, a asfixia financeira, por arrastamento, das juntas. A ligação estranha, sempre suspeita, ao imobiliário. Ainda me lembro que, logo nos primeiros seis meses da gestão de Pedro Santana Lopes, arderam seis ou sete edifícios devolutos na cidade.

Pessoalmente tenho pena pelo prof. Carmona Rodrigues que, malgrado a minha péssima avaliação das pessoas, sempre me pareceu um técnico qualificado e capaz de assumir o barco, mesmo em alturas de intempérie. Quero-me lembrar de uma nota positiva nestes últimos dois anos de gestão da cidade e não me lembro de nada.

Já não dá mais. São buracos demais para uma cidade com uma luz branca tão bonita. Gosto tanto da minha cidade e do meu rio que o meu desejo seria vir passar a férias a Lisboa.

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