terça-feira, abril 24, 2007

Fugas

Este capacete do tempo perturba-me os nervos. Bem sei que até tenho motivos para andar à cabeçada. O boxe, provavelmente, daria um bom escape, mas não resolveria nada. Talvez por, numa fracção de segundo, ter pensdo nisso, não fiz como o Pedro, no Diário do Alentejo, e não atirei um cinzeiro à cabeça de ninguém. Esse controlo tem um preço e continuo a pagá-lo. Tenho saudades de si, Zé.

Sinto-me desafiada a brincar num jogo onde não quero participar. Há jogos a que eu prefiro assistir. Até terem interesse. Algumas pessoas passam a vida a correr sem quererem olhar para as portas abertas. Sem mais, simplesmente abertas. Quando voltarem a passar, haverá portas fechadas. É tão mais fácil.
E eu fico a pensar nas três razões para a arte da fuga: por estupidez, por insensibilidade ou por opção. Infelizmente, quando é por opção, tenho de desistir.
Temos tanto medo de falar uns com os outros. Ms o problema é meu, que continuo sem perceber porquê.

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