Sei que fica em Bragança, porque o Google me disse, e não sei mais mais nada. Mas despertou em mim a memória das casas de Montesinho e do cantar dos cucos a desoras, no alto dos Ulmeiros. Montesinho que, com o Sabugueiro na Serra da Estrela, é a aldeia mais alta de Portugal (a 950 metros de altitude). Foi ali que, pela primeira vez, me caiu a pele das orelhas durante um pecurso pedestre não controlado, há 15 anos, debaixo de tórrido Sol de Abril.
Foi também nessa altura que descobri que a cerveja quente até nem era má de todo e que ensinamos a uns checos, aventureiros como nós, que o vermelho das cartas de jogar, em português, não se dizia exactamente tinto.
O meu corpo hoje está aqui, mas o meu espírito, esse, bem esse garanto que está por lá. A ouvir os cucos.
quinta-feira, julho 12, 2007
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4 comentários:
Evocar o cantar do cuco, da sua sonoridade etérea e nostálgica, particularmente ao fim de tarde em Trás-os-Montes, é percepcionar e sentir a natureza no seu grande esplendor. Curiosamente, porque não também ouvir essa grande tenor cuculídea nas redondezas do Cartaxo ? Fica a sugestão para um fim-de-semana da Coca.
Júlio
Obrigado Júlio. Sabe que os meus pais vivem no Cartaxo, portanto é terra onde vou quase todas as semanas. Mas cucos, no Cartaxo, nunca tive a sorte de ouvir. Nem ali para os lados da Palhota, em Reguengo.
Curioso encontrar alguém que passa fins de semana no Cartaxo. Sou daqui e ouço o cuco. Mais em Maio, nos pinhais e não no campo, como é o Reguengo, concordando com Júlio.
Se gosta de flores, passe um dia pelos Casais da Lapa.
Fernando Ribeiro
Olá Fernando, conheço os Casais da Lapa, porque os meus pais vivem na zona de Pontével. Mas de facto nunca ouvi o cuco por estes lados, embora relativamente perto da propriedade dos meus pais exista um grande pinhal. É infortúnio meu ou ouvidos desatentos. Seja como for, irei andar de ouvido em risque.
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