A Ninas, que é danada para a brincadeira, e que me honra com a sua presença na minha casa, desafiou-me a partilhar as sete maravilhas da minha vida. Confesso que a minha primeira reacção foi recusar. A minha fobia social, acentuada com o passar da idade, assim o ditava.
Ciosa do meu espaço individual, não aprecio este tipo de jogos. Reservo-me aos meus pensamentos e às minhas pessoas que, por escolha própria, têm a obrigação de me aturar.
Mas, por outro lado, a minha cortesia logo me lembrou que não bebera chá com um garfo, em pequenina, e, como tal, deveria aceitar tão simpático convite.
Vencida a fobia social pela cortesia, dei por mim a pensar na obrigação de seleccionar as minhas sete maravilhas. Primeiro, pensando: tenho lá agora sete maravilhas, quando muito duas ou três e já chegam. Depois, percebi que, afinal, já iam em dez assim de uma assentada e já sentia chegar nos confins da memória mais umas quantas. E agora estou para aqui às voltas com a necessidade de seleccionar apenas sete.
Não gosto de agradecer aos amigos, Ninas, mas agradeço-lhe sinceramente, nestes tempos difíceis que correm, ter-me posto a pensar.
terça-feira, agosto 14, 2007
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1 comentário:
Não tem de quê :)
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