O primeiro-ministro resistiu a decretar políticas de apoio à maternidade.
Os autarcas, sobretudo os do interior desertificado, há muito que enveredaram por políticas de descriminação positiva, procurando fixar população nos seus pobres territórios. Apesar dos apoios residuais, na maioria apenas simbólicos - 500 ou 1000 euros - foram alvo de críticas e acusados quererem fazer depender o nobre acto da concepção do vil metal.
A Administração Central do Estado foi a primeira a torcer o nariz a tais políticas. Já o mesmo não aconteceu em outros Estados, muito menos Nação do que o nosso. O apoio concedido por alemães - segundo creio 5000 mil euros por cada filho - e por espanhóis -2500 euros por criança - entrou no ouvido dos portugueses, sempre muito dados ao som dos números.Do lado de lá do risco da fronteira - que para José Saramago tem cada vez menos razão de existir -o José espanhol achou mesmo que o apoio à maternidade era um desígnio do Estado. e terá sido o suficiente, para o nosso José compreender e tirar o coelho da cartola, com a surpresa que convém à magia, durante o apropriado debate do Estado da Nação, em fim de sessão legislativa.
Juntando à revelação, a preocupação política com o envelhecimento social, o primeiro-ministro disponibilizou a antecipação do abono de família nos últimos seis meses de gravidez e o aumento substancial do apoio do Estado para quem tenha mais de um filho.
Parece-me bem.
E pela minha parte já estou em bicos de pés. Agora só não sei se devo ir já para a Terrugem de Baixo ou engravidar primeiro.
Os autarcas, sobretudo os do interior desertificado, há muito que enveredaram por políticas de descriminação positiva, procurando fixar população nos seus pobres territórios. Apesar dos apoios residuais, na maioria apenas simbólicos - 500 ou 1000 euros - foram alvo de críticas e acusados quererem fazer depender o nobre acto da concepção do vil metal.
A Administração Central do Estado foi a primeira a torcer o nariz a tais políticas. Já o mesmo não aconteceu em outros Estados, muito menos Nação do que o nosso. O apoio concedido por alemães - segundo creio 5000 mil euros por cada filho - e por espanhóis -2500 euros por criança - entrou no ouvido dos portugueses, sempre muito dados ao som dos números.Do lado de lá do risco da fronteira - que para José Saramago tem cada vez menos razão de existir -o José espanhol achou mesmo que o apoio à maternidade era um desígnio do Estado. e terá sido o suficiente, para o nosso José compreender e tirar o coelho da cartola, com a surpresa que convém à magia, durante o apropriado debate do Estado da Nação, em fim de sessão legislativa.
Juntando à revelação, a preocupação política com o envelhecimento social, o primeiro-ministro disponibilizou a antecipação do abono de família nos últimos seis meses de gravidez e o aumento substancial do apoio do Estado para quem tenha mais de um filho.
Parece-me bem.
E pela minha parte já estou em bicos de pés. Agora só não sei se devo ir já para a Terrugem de Baixo ou engravidar primeiro.
4 comentários:
Até fico envergonhada com as medidas que se criaram: esmolas que nem olhos tapam ...
A minha sorte é que a situação económica do meu agregado familiar me permite pensar em ter mais que um filho.
Não sou tão radical, Ninas. Acho que uma política de apoio à natalidade não passa apenas por subsídios de apoio aos nascimentos, sejam eles da administração central ou local. É preciso mais: um sistema de saúde que responda com eficácia durante a gravidez e nos primeiros anos de vida da criança, apoios financeiros mais significativos aquando do nascimento, uma política de família coerente, com consultas de planeamento familiar acessiveis nos centros de saúde, a educação obrigatória efectivamente gratuita, etc.
Os incentivos financeiros são uma ajuda, não os despreze. Apesar de os considerar uma esmola (o meu Dani recebe 10€ de abono de família por mês), para muitas pessoas, esses 20 ou 40€ podem ser muito importantes. O que me parece rídiculo é a forma avulsa como estas políticas são implementadas, ao sabor de uma corrente populista. Acho muito bem que um Estado envelhecido apoie as grávidas a partir do terceiro mês, mas não é com 100 euros, que se calhar não pagam uma ecografia. Nesse aspecto, penso que espanhóis e alemães nos levam vantagem: se a ideia for premiar financeiramente as mulheres que optem por ter filhos, então que o Estado o faça de uma vez só. É mais coerente.
Durante 14 anos fui filha única e sempre tive uma pena imensa de não ter irmãos. Se está a pensar ter mais filhos, não hesite. Há sempre a parte do convívio... mas o bom mesmo é vê-los crescer e aprender com eles.
Para além de todas as considerações que estão nos comentários já expressos, com os quais concordo em absoluto.
As medidas anunciadas limitam-se a meu ver, a premiar o acto e resultado, mas uma vez o produto colocado à luz do dia, acabam aí as benesses.
Se a Mãe estiver a recibo verde, ficou a chuchar no dedo e o mais provável é não passar mais recbos.
Se estiver com contrato a prazo, já findou e não será renovado.
E muito mais...., era bom que se esgotasse aqui.
Quem conscientemente tiver a possibilidade, que o faça, mas tendo em conta que é um contrato vitalicio.
ps: Bem vinda de novo Coca, sentimos a sua falta, e uma muito boa semana
Essa é que essa. E felizmente é um contrato que nos satisfaz emocionalmente.
Sempre atento Pisca, mas estive sempre por cá, a morder-me toda com vontade de ir botando umas prosas, mas sem tempo para me coçar. Foram dois ou três dias sempre a abrir e este mês de férias não auspicia grandes folgas.
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