Ainda pensei que o governo português tinha percebido as virtudes do trabalho sénior, quando ouvi o secretário de Estado Fernando Medina avançar com um pacote de incentivos às empresas que decidam empregar trabalhadores desempregados com mais de 55 anos. Cada empregado com mais de 55 anos vale às empresas três anos de isenção de taxa social única e ainda doze meses de salários mínimos garantidos. Basta que as empresas celebrem com eles contratos sem termo certo. É óbvio que é, sobretudo, uma medida que visa combater o desemprego de uma faixa etária com menos oportunidade de trabalho e não combater a tão falada debilidade da segurança social ou, quiça, aproveitar como mais valia a experiência e competência de trabalhadores mais velhos. Andamos sempre a reboque do incentivo e do subsídio. Não há nada a fazer. Já escrevi o que penso aqui e tenho cá uma ideia que vou continuar a escrever sobre isto.
terça-feira, julho 03, 2007
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9 comentários:
Vira o disco e toca o mesmo ...
Mera falta de imaginação. Se for a do gverno já estamos habituados, quanto à minha lamento tê-la desiludido.
Não, claro que é a do governo. Já nada me espanta porque nada há para me espantar :)
Há muitos anos houve quem me fizesse um periplo sobre a forma de ter subsidios e/ou vantagens fiscais.
Ainda hoje me custa a engolir, mas que há quem os "adivinhe", isso há.
O que prova que as cartomantes estão muito atrasadas,por isso, quando leio estas benesses fico logo ....
De qualquer maneira, reconhecer a qualidade humana e técnica angariada numa vida de trabalho, peca por tardia.
É que eu sou do tempo das gentes do Arsenal.
Gentes do Arsenal? Explique lá, Pisca, porque desta vez não conheço a expressão (malta da zona oriental é o que é).
Arsenal do Alfeite, grandes, enormes profissionais, que um dia resolveram reformar antecipadamente
Tiveram logo emprego noutros sitios e ainda hoje quando lhes peço algo fazem-no com uma maestria que me deixa sempre surpreendido.
Já vê que passei pelas melhores escolas
Ando tão loura Pisca, acho que a descarga do fígado me atingiu o cérebro. Claro que as gentes do Arsenal, são do Alfeite e não da rua do Arsenal. Grandes mestres, sem dúvida, mas também eles em vias de extinção, de um tempo em que a construção naval significava muito na economia nacional. E sim, o Pisca, já o tinha percebido, frequentou as melhores escolas.
Isso deve ser da convivência com os candidatos e Lisboa, cuidado pode ser transmissível.
Quanto às escolas começaram bem cedo, logo aí na Voz do Operário e Caixa Económica mesmo por baixo da Rádio Graça.
Grande escola que merecia uma dignificação social bem diferente
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