O Tribunal da Relação de Coimbra acabou de apreciar um recurso do sargento Luis Gomes, o pai adoptivo de Esmeralda, e determinou a sua libertação imediata, com pena suspensa - consequência da redução da pena de rapto a que o tribunal de Primeria Instância o havia condenado. Foi a forma airosa de reparar uma injustiça flagrante que, muito justamente, indignou todos os que amam, por generosidade.
São tortuosos os caminhos da Justiça portuguesa, uma justiça (com caixa muito baixa) que pensa que os pais só por conceberem e darem à luz são donos dos filhos.
É uma justiça rídicula, escudada numa lei fria e doente, que não tem em conta os afectos e, sobretudo, não tem em conta os modos de vida, a esperança e, neste caso, o direito de uma criança a viver com aqueles que, não sendo seus pais de sangue, lhe chamam filha, com todo o amor do Mundo.
A minha mãe sempre me disse, e eu aprendi, que parir é dor e criar é amor. Pode o direito das leis compreender isto? Pode, mas se calhar com outros magistrados, com menos nós na cabeça.
quarta-feira, maio 09, 2007
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