domingo, junho 24, 2007

Muito porto, pouco rio...

Gostei de ouvir António Costa dizer que a cidade tinha de ter outra relação com o Porto de Lisboa. Que a administração portuária deveria ser soberana apenas no que ao porto diz respeito. Já tinha gostado de ouvir Santana Lopes dizer o mesmo, mas, se a memória não me falha, o pouco que a cidade conquistou à Administração do Porto de Lisboa resultou apenas da forte oposição dos cidadãos ao famigerado POZOR.
Nunca vi nenhum governo legislar eficazmente sobre a soberania territorial dos municípios, no que aos portos diz respeito (entre outras coisas). Mas vejo sempre todos os candidatos a presidente da câmra de Lisboa reconhecerem o exagero da extensão e da soberania portuária numa cidade que tem uma das suas vantagens territoriais justamente no seu imenso rio.
Fica bem a António Costa reivindicar menos porto e mais rio para Lisboa (sem nenhuma ironia com o presidente da câmara do Porto).

5 comentários:

Pisca disse...

A função politica vai ficando cada vez mais afastada do comum dos mortais e tem bons motivos

Dizer preto na oposição, branco no governo, ou cinzento na autarquia, é considerado como "evoluçao", "estudo das situações de um modo claro", mesmo que suceda em questão de dias.

Para mim é ALDRABICE

Para quem mantém a posição esteja onde estiver, é "burrice", "incapacidade de evoluir" ou "cassete".

Para mim será COERÊNCIA

Na questão dos rios, de Lisboa, basta ver como o Gov de Guterres, retirou do PDM de Almada a zona da Margueira, se não estou em erro

Pesos e medidas ....

Ninas disse...

Sem ironia???
Que pena ...

:)


Por acaso, por cá ando. Pelo Porto, leia-se.

Boa semana

Coca disse...

Pisca "A função politica vai ficando cada vez mais afastada do comum dos mortais e tem bons motivos" E eu confesso que tenho pena que assim seja e depois admiram-se que surjam independentes...
Quanto ao discurso da cassete, percebo o que quer dizer e concordo, mas também lhe digo que isso acontece muito por força de uma visão estagnada que não acompanha a evolução social, que não se renova. É, penso eu, um dos problemas que a esquerda ainda não resolveu: como ser fiel aos seus princípios sem deixar de acompanhar a evolução da sociedade. E isso pode ser feito com outro outro discurso - comunicar é preciso - sem comprometer a coerência.

Coca disse...

Ninas: Aposto que já tem saudades. Qualquer semelhança que aí possa encontrar com a mouraria será pura coincidência. Deixe-se disso e volte para baixo (onde é que já se viu alguém ir propositadamente a uma cidade - de visita - para levar com martelos na cabeça, francamente). Bjs de boas férias.

Pisca disse...

Coca
Estamos totalmente de acordo.
O que eu quis apenas sublinhar foi os constantes vai-vem e cambalhotas, dados em nome da tal "evoluçao de pensamento" e outros "sound-bytes" tornados verdades para esse dia, no seguinte podem não ser.
Sobre os independentes, aí, tem dias, como o relógio do outro, já vi e conheci bem de perto tanta coisa, e às vezes basta aguardar e não esquecer.

Ninas
Aproveite, mas volte depressa o Douro é lindo, mas nada que chegue ao Tejo, boa viagem, temos saudades dos seus posts.