Não gosto de répteis e de aranhas. Não é só pelo veneno é mesmo pela personalidade. Trocam de pele, têm um olhar incisivo e calculista, metem-se nos lugares mais recôndidos e atacam inesperadamente de forma cobarde, apanhando de surpresa as suas incautas vítimas. Quando acossados, dispararam o seu veneno em todas as direcções, de forma mortal. Se falassem, seriam grosseiros e impiedosos. Acredito, no entanto, que sabem comunicar.
Com as aranhas o desagradável fica apenas um pouco mais lento, mas acho que o que não gosto mesmo é das teias que vão tecendo por todo o lado, procurando capturar novas presas para devorar de mansinho. Tecer teias, apercebo-me agora, dá uma bela expressão literária.
Uns e outros vivem do encantamento mágico que produzem nas vítimas, deixando-as tão paralisadas que deixam de ver.
Mesmo já tendo caído de dois cavalos (ninguém me mandou repetir a experiência) e de ter batido o recorde dos cem metros à frente de um bode ciumento, prefiro os animais de grande porte e, sobretudo, os de sangue verdadeiramente quente, como os cavalos, os bois, os mamutes e já agora em homenagem ao nosso querido ministro Mário Lino, porque não os dromedários.
Com as aranhas o desagradável fica apenas um pouco mais lento, mas acho que o que não gosto mesmo é das teias que vão tecendo por todo o lado, procurando capturar novas presas para devorar de mansinho. Tecer teias, apercebo-me agora, dá uma bela expressão literária.
Uns e outros vivem do encantamento mágico que produzem nas vítimas, deixando-as tão paralisadas que deixam de ver.
Mesmo já tendo caído de dois cavalos (ninguém me mandou repetir a experiência) e de ter batido o recorde dos cem metros à frente de um bode ciumento, prefiro os animais de grande porte e, sobretudo, os de sangue verdadeiramente quente, como os cavalos, os bois, os mamutes e já agora em homenagem ao nosso querido ministro Mário Lino, porque não os dromedários.
12 comentários:
Como diz o "Meu Povo" em Angola
Estamos juntos !
No horror, e vi várias se bem que nunca me tivesse que defrontar com nenhuma (cobra).
Às aranhas nem ligava, comiam os mosquitos e deva jeito
Só uma pergunta (estou a ficar loiro), os repteis e aranhas de que fala têm rosto ??
Cá por coisas ....
Dizem que a presença de uma aranha significa dinheiro ...
Será?
Amigo Pisca, não em especial, defrontei-me hoje com uma aranha e lembrei-me que, de facto, não gosto delas. Quanto às cobras são mais raras mas, na minha infância, cresci numa quinta da zona oriental que já não existe, tive ocasião de ver várias. E não gostei da experiência. Mas claro que sim que têm rosto, há com cada cobra por aí, algumas até com várias cabeças. O melhor é saber evitar o bicho, para não pegar a peçonha.
Materialista, Ninas. Quero lá saber do dinheiro, ou dos amigos dos animaizinhos todos, deixo mesmo de pensar e parto para a luta com o bicho.
Estou contigo nesta fobia(se é que se pode considerar tal).
Não consigo aprender a conviver com nenhuma espécie de animalzinho rastejante...
O Ermal, que não conhecia, é das zonas que traz uma serenidade perturbante. É lindo....
Bjt
Ainda um dia lhe contarei os bailaricos onde toquei no Ateneu da Madre de Deus e um sistema de luzes que nem sonha, tinha uma manivela para andar de roda e acender e apagar as lampadas.
Coisas dos anos 68/69, enfim era uma criança
Lembrei-me quando me falou na Zona Oriental
Um Mto bom domingo (sem pinturas)
Não gostar de aranhas, pese embora a beleza de obra contruída que é a teia ( parabéns pela foto) é comum. Mais interessante é a fobia aos répteis.Pelo seu quê de profundo que pode implicar: é que nós, seres humanos, temos uma reminiscência arcaica do chamado "cérebro reptiliano". Neste, reside a sede das emoções, o cérebro emocional. É como ainda tivessemos o nosso passado réptil, do processo evolucionista da vida. Da saída da água à conquista da terra firme.
Júlio
Isabel, contigo e migo já somos, portanto, duas. E sim, o Ermal é um lugar mágico e foi feliz a tua "serenidade perturbante". Bjs
Pisca: Caramba só nos falta mesmo ligar o nome à cara. Então bailarico no meu Ateneu da Madre de Deus, hem? Um dos miradouros mais bonitos sobre o Tejo.
Júlio: Caí de quatro com a sua explicação e ainda me estou a coçar com essa reminiscência reptílinia no meu cérebro. Olhe que fiquei mesmo perturbada.
Pois, pois, grandes tardes se passaram por lá
A minha primeira banda era da zona do Poço do Bispo.
Também andei pela Verbena do Oriental (aí era bem rijo)
As coisas por onde já passei ....
Pisca, Pisca, já nos cruzamos por aí e nem sabemos.
TUdo leva a crêr que sim
Sitios houve que foram comuns
e se calhar alguns ainda são, pelo menos na postura perante as coisas
Touché, Pisca.
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